Conhecer o passado no oferece condiçes de prever o futuro, contudo oferece condiçes para um melhor entendimento do presente.
Ao estudar a Cincia Histórica se faz necessário observar alguns cuidados como, por exemplo, entender que o tempo transcorre de modo diferente em diversos momentos da História, o mesmo podemos aplicar ao espaço e no esqueçamos que costumes e valores so diferentes e alterados de acordo com a época a ser estudada.
“História, a cincia das cincias” Karl Marx
UM RÁPIDO HISTÓRICO DA POLÍCIA NO MUNDO
“Quando tudo corre bem, pouco se fala da polícia. Mas, em período conturbado, é para ela que se voltam os cidados.”
John Benyon – Diretor do Centro de Estudos da Polícia da Universidade de Leicester.
A Polícia no se fez necessária em todas as sociedades, os ESQUIMÓS é o que hoje temos mais próximo em comparaço com esta época remota, eles no possuíam uma “polícia”, a sanço da violaço de uma norma de comportamento era considerado um negócio privado: vítima ou seus parentes deveriam prender e castigar o culpado.
Em sociedades com uma organizaço social um pouco mais “complexa”, se usa a interposiço de mediadores.
Como exemplo podemos apontar os Nueres do Sudo, um grupos de notáveis com independncia socioeconômica, so encarregados de ditar as regras e promover soluçes para impasses contudo, no possuíam poder coercitivo a fim de fazer valer suas decises. Em caso do no acordo, a guerra privada era usada.
Na Europa, e talvez na História da Humanidade, que no V século antes de Cristo na Grécia surge os encarregados de fazer respeitar as leis da cidade utilizando a coaço física e ameaça de açes penais. Eram formadas as Polícias das águas, Polícia dos Reservatórios de Cereais, Polícia dos Portos, etc.
O papel da polícia ateniense consistia tanto em evitar as fugas e rebelies de escravos ou impedir que a aristocracia rural, que ocupava progressivamente Atenas, conspirasse contra o regime “democrático” instaurado.
Diante desta realidade um processo de unificaço das Polícias foi inevitável, criando uma Polícia Geral, conhecida como os ASTRYNOMES. Algum tempo depois uma nova subdiviso ocorre para a Polícia de Religio e Costumes – SOPHRONISTAS, para a Polícia da Vigilância dos Banquetes – OPSYNOMES – e a Polícia que Controla a Execuço das Leis Suntuárias – GUNAIKOMES .
ROMA
Na antiga Roma entre a publicaço da Lei das Doze Tábuas, que foi a primeira legislaço escrita em tábuas de bronze por volta de 450 ªC., até meados do século III ªC, cabia ao cidado com apoio de amigos conduzir o acusado a presença do magistrado público e a execuço da sentença, se fosse o caso, que poderia ser da pena de morte a escravido do condenado.
Já com Augusto é criado em Roma o posto de “praefectus urbi” – prefeito da cidade - que ficava responsável de comandar os VIGILES que patrulhavam as ruas a serviço da polícia noturna.
Esta organizaço era composta por funcionários nomeados e pagos pela autoridade política central.
Com as transformaçes ocorridas no evento conhecido como “a queda de Roma”, os órgos especializados de polícia escasseiam em toda Europa, transformando-se em poderes locais, ficando cada vez mais autônomos.
Com a Idade Média, no século XIII, a polícia funcionava principalmente como guardas das feiras na França, mas também servia como proteço aos pontos sensíveis como os “portes” das cidades ou no combate a incndios.
A esta época já existia na Inglaterra uma forma de policia e juiz, que eram representantes da coroa em nível local, eram conhecidos como Sherif.
Este sistema era muito criticado porque a remuneraço destes “policiais” passava pelas multas aplicada pelo próprios Sherife aos supostos infratores, levando a queixa pôr parte da populaço de abusos cometidos pôr esta autoridade.
A França cria a Maréchaussée com o objetivo de caçar os desertores do exercito, esta funço foi perdendo força levando esta tropa a exercer uma funço mais policial, como a represso de criminosos, turbas tanto nas cidades como no campo.
A Espanha possuía no “final da Idade Média” um Corpo policial com mais de dois mil homens, incluindo um grupo de arqueiros.
Na Dinamarca um corpo de quarenta agentes ocupam a funço de policiais em tempo integral em Copenhague, que em 1682 cria o cargo de Chefe de Polícia.
A Áustria em 1775 e Berlim em 1732 criam uma polícia baseada no modelo francs.
A Inglaterra resiste a este “modelo francs” e continua a acreditar na severidade de seu código criminal, chegando a ponto de no aprovar em 1785 uma proposta do parlamentar William Pitt, contudo em 1829 as bases de uma polícia moderna so solidificadas na Inglaterra.
Este modelo francs que ora seduzia ora desagradava praticamente toda Europa, de Moscou a Inglaterra, repousava em dois pilares fundamentais, a Maréchaussée na maioria do território e a Tenncia em Paris.
Com uma atuaço mais ampla a partir do século XVI a Maréchaussée avança por todo território com um aumento cada vez maior de seu efetivo tendo a partir de 1720 assumido a técnica de patrulha com cinco homens e mesmo após a Revoluço a Maréchaussée muda de nome passando a se chamar Guarda Civil, mas suas bases muito pouco mudaram até os dias atuais.
Esta Maréchaussée, que era militar, influenciou de maneira decisiva todo sistema europeu de polícia.
Diante deste “atraso”, a Inglaterra com claro objetivo de no permitir qualquer semelhança de sua policia com a Maréchaussée, que em 29 de setembro de 1829, com que tendo como uniforme uma sobrecasacas e cartola, munidos de um pequeno basto e um par de algemas, os trs mil homens da Metropolitan Police assumem as funçes de proteço da populaço nas ruas de Londres.
Foi esta mesma polícia inglesa que criou uma nova concepço, no bastava mais apenas reprimir era funço da polícia a prevenço do crime.
Com o fortalecimento dos Estados Nacionais os séculos XIX e XX, testemunham na maioria dos países europeus a militarizaço das policiais.
Os carabineiros so criados em 1814 na Itália, tendo seu ultimo capitulo ser escrito em 1946, após a 2ª Guerra Mundial, já em 1844 é a vez da Espanha criar sua Guarda Civil.
Na nos séculos XIX e XX a polícia sofre duas grandes transformaçes, a primeira é a militarizaço e a segunda o controle político extremo por parte do Estado.
As Escolas Profissionais surgem também nos séculos XIX e XX, a França mais uma vez sai na frente criando em 1884 a sua Escola de Profissionais de Polícia seguida em 1909 pela Dinamarca e em 1919 pela Suécia.
Encontramos hoje modelos de polícia MONISTA e PLURALISTA.
A fim de melhor ilustrar esta realidade podemos citar a Noruega que é um exemplo de polícia monista, já que as forças policiais devem prestar contas somente ao Ministro da Justiça.
Como exemplo de policia pluralista podemos apontar o Canadá em que convive a polícia federal subordinada ao Ministério de Justiça e as policias municipais subordinadas aos prefeitos e o Brasil com suas Policiais Estaduais, Polícia Rodoviária e Federal.
No so poucos os estudiosos que defendem este ou aquele modelo como o ideal de Polícia, contudo entendemos que antes defendermos qual seria o melhor modelo para o nosso país devemos perceber as particularidades de nossa sociedade.
PMERJ – HISTÓRIA
OS QUADRILHEIROS
O Estado Portugus, desde o inicio do século XVI com a ocupaço das terras que futuramente seriam conhecidas como Brasil, no se preocupava em constituir uma “FORÇA POLICIAL”.
Já em Portugal esta instituiço policial teve início com D. Fernando, que em 12 de setembro de 1383 criou os QUADRILHEIROS.
Esta curiosa denominaço foi inspirada na Bíblia que no Livro dos Atos dos Apóstolos em seu capitulo dezesseis, versículo trinta e cinco, que diz:
“E sendo já dia, os magistrados mandaram os quadrilheiros, dizendo: Soltai aqueles homens.”
Em terras tupiniquins sua criaço data de 24 de outubro de 1626 pelo Ouvidor Geral LUIZ NOGUEIRA DE BRITO.
Esta organizaço estava prevista no Livro I do Título 54 das Ordenaçes Manuelinas, em que destacamos a seguir o primeiro parágrafo do título LIV – DOS QUADRILHEIROS:
“Em todas as Cidades, e llas, e Lugares, e feus Termos ávera Quadrilheiros, para que milhor fé aprendam os malfeitores, e fé evitem os malefícios.”
A seleço dos componentes destas quadrilhas era realizada por indicaço de juizes e vereadores que de posse da relaço nominal de todos os habitantes, homens livres, escolhiam um para cada grupo de vinte moradores, a fim de compor o corpo de quadrilheiros.
O Quadrilheiro ficava obrigado a executar tal serviço por um período de trs anos, somente sendo possível a dispensa de suas obrigaçes por motivo de grave doença ou naturalmente a morte.
QUADRILHEIRO
O armamento usado seria uma lança de dezoito palmos ou no mínimo uma meia lança em boas condiçes. Ao anoitecer por volta da dezoito horas deveriam os quadrilheiros se dirigir residncia do Juiz a fim de receberem as ordens de priso ou orientaçes sobre o serviço que sempre iniciava ao anoitecer. As principais misses eram cumprir mandados de priso e reprimir os considerados vadios, bbados, capoeiristas e prostitutas.
No recebiam os Quadrilheiros, quaisquer vencimentos dos cofres públicos sua remuneraço advinha da apreenso das armas daqueles enquadrados no parágrafo anterior.
Esta forma de policiamento e respectiva seleço de pessoal perduraram ate o início do século XIX em nosso país.
DIVISO MILITAR DA GUARDA REAL DA POLÍCIA NO RIO DE JANEIRO
O inicio do século XIX o velho mundo foi palco de profundas divergncias políticas entre França e Inglaterra, levando Napoleo Bonaparte a exigir que todas as naçes européias fechassem seus portos para a Inglaterra.
Portugal que já dependia economicamente da Inglaterra se viu em um a situaço difícil, a diplomacia portuguesa trabalhou um bom tempo tentando conciliar o seu antigo relacionamento com os ingleses sem afrontar Napoleo Bonaparte.
Enquanto negociava com os franceses a coroa portuguesa assinava um acordo secreto com a Inglaterra que lhe garantiria a retirada da família real portuguesa e sua corte para o Brasil.
Em 27 de novembro de 1807 a corte abandona Portugal atravessando, em 36 embarcaçes, o Oceano Atlântico em direço ao Brasil, primeiro Salvador e em 07 de março de 1808 o Rio de Janeiro.
Para um melhor entendimento do que era o Rio de Janeiro, em 1808, vejamos o que diz Luiz Gonçalves dos Santos, o Padre Perereca em seu livro de memórias:
“A populaço desta cidade nos princípios do ano de 1808 chegaria a 60.000 almas, repartidas pelas quatro freguesias: Sé, Candelária, So José e Santa Rita; porém, mais da metade deste numero se compreende na escravatura...”.
Com a chegada de aproximadamente quinze mil pessoas a acomodaço era muito difícil, as tenses sociais eram inevitáveis, principalmente após a soluço encontrada pelo Príncipe Regente para instalar seu séqüito, que trouxera metade do dinheiro que circulava em Portugal alem de ouro e prata, usou do expediente da desapropriaço, a casa escolhida por um membro da corte recebia em sua porta a sigla P.R. – Príncipe Regente - e o proprietário deveria abandonar a casa o quanto antes.
Com toda essa riqueza e tenses sociais instauradas o Corpo Militar da Guarniço da Cidade e os Quadrilheiros no mais atendiam as necessidades da Coroa.
O Príncipe Regente já possuía a experincia de criar em Portugal uma Diviso Militar da Guarda Real de Policia.
Com esta nova realidade o Príncipe Regente D. Joo atendendo a proposta do desembargador Paulo Fernandes Vianna, decretava em 13 de maio de 1809 – sábado - aniversario do Príncipe Regente, a criaço da Diviso Militar da Guarda Real de Policia formada por 218 homens, boa parte oriundos dos Quadrilheiros.
UNIFORME DA GUARDA REAL DE POLÍCIA DA CORTE
Assim diz o decreto:
D E C R E TO
SENDO de absoluta necessidade prover á segurança, e tranqüilidade Publica desta Cidade, cuja populaço, e trafico tem crescido consideravelmente, e se argumentará todos os dias pela affluencia de Negócios inseparável das grandes Capites; e havendo mostrado a experincia, que o Estabelecimento de uma Guarda Militar de Policia é o mais próprio no só para aquelle desejado fim da boa ordem, e sossego Publico, mas ainda para obstar ás danosas especulaçes do Contrabando, que nenhuma outra Providencia, nem mais rigorozas Leis prohibitivas tem podido cohibir : Sou Servidor Crear huma Divizo Militar da Guarda Real da Policia desta Corte, com a possível semelhança daquella, que com to reconhecidas vantagens Estabeleci em Lisboa, a qual se organizará na conformidade do Plano, que com este baixa, assinado pelo Conde de Linhares, do Meu Conselho de Estado dos Negócios Estrangeiros, e da Guerra. O Conselho Supremo Militar o tenha assim entendido, e o faça executar na parte, que lhe toca. Palácio do Rio de Janeiro em treze de Maio de mil oitocentos e nove.
Com a Rubrica do PRINCIPE REGENTE N.S.
CORPO DE GUARDAS MUNICIPAIS PERMANENTES
O ano de 1831 é marcado pela saída do Imperador em favor de seu filho, D. Pedro I que enfrentava uma crise generalizada na escolha de seu ministério, com graves conflitos entre oposiço, na maioria brasileiros, e seus partidários, boa parte formada por portugueses, as ruas cariocas ferviam até a Guarda Real de Policial possuía focos de insubordinaço, além do antigo desejo de voltar a Portugal e reconquistar o trono que estava nas mos de seu irmo D. Miguel.
Com esta crise e a saída de D.Pedro a figura da Regncia se estabelece e o Ministro da Justiça Padre FEIJÓ transforma a Guarda Real de Polícia no Corpo de Guardas Municipais Permanentes, marcando sua administraço com a diviso entre o Policial e o Militar, vejamos:
“Cumprindo com o seu dever sem exceço de pessoa alguma, sero com todas prudentes, circunspectos, guardando aquela civilidade e respeito devido aos direitos do cidado.”
GUARDA POLICIAL DA PROVÍNCIA DO RIO DE JANEIRO
Através da Carta de Lei número 016, de 14 de abril de 1835 a Guarda Policial da Província do Rio de Janeiro que com o Comando do Capito Joo Nepomuceno Castrioto aproveitou os quadrilheiros das cidades fluminenses formando assim seu efetivo inicial.
CORPO MUNICIPAL PERMANENTE DA CORTE
Em junho de 1842 a Guarda Policial da Província do Rio de Janeiro, já com D. Pedro II entronado recebemos uma nova denominaço: Corpo Municipal Permanente da Corte.
GUERRA DO PARAGUAI
A guerra do Paraguai foi uma página importante na história da Corporaço.
Com o desenrolar da guerra o governo imperial lança mo dos Corpos de Voluntários, cada província enviava a sangrenta guerra, este Corpo de Voluntários era composto boa parte por policiais e negros, em um total de 51 (cinqüenta e um) Corpos de Voluntários nos coube o 12º e o 31º Corpo de Voluntários da Pátria, que com 510 (quinhentos e dez) praças além de todos os seus oficiais partiram em 18 de fevereiro e 10 de julho em 1865.
O 31º Corpo de Voluntários, hoje é homenageado na denominaço do Centro de Formaço e Aperfeiçoamentos 31º de Voluntários da Polícia Militar do Estado do Rio Janeiro.
A POLÍCIA MILITAR E A REPÚBLICA
A madrugada de 15 de novembro de 1889 foi movimentada em todos os quartéis da Polícia Militar uma rigorosa prontido, chegando ao ponto de suspender o policiamento das ruas da cidade, aquartelando toda tropa, ocupando durante a madrugada pontos estratégicos da cidade, como a Cavalaria colocada em frente Estaço Ferroviária Central do Brasil, ao amanhecer e como o Imperador apresentou uma fraca resistncia ambas as Policiais retornaram aos seus quartéis.
No inicio do século XX o campo tecnológico foi marcado com a “CAIXA DE SOCORROS POLICIAIS”
CAIXA DE SOCORRO
As décadas seguintes do século XX so marcadas por grandes conturbaçes políticas, o ano de 1930 é marcado pelo golpe de Estado promovido por Getulio Vargas apoiado por uma parcela da burguesia brasileira que no mais aceitava que o Estado patrocinasse os prejuízos do café.
A Polícia do Distrito Federal atuou também na revoluço constitucionalista ocorrida em So Paulo em 1932, no eixo Parati – Cunha a Cavalaria mostrou-se presente.
JK & DF
O governo JK é marcado por abrir o mercado brasileiro ao capital estrangeiro, sua luta por implantar, a custo de um enorme endividamento internacional do Estado Brasileiro uma infra-estrutura para a vinda de fabricas que em seus paises de origem, na Europa e nos Estados Unidos, seriam desativadas por estarem obsoletas.
Mas falar de JK é o mesmo que falar de Brasília, que em 21 de janeiro de 1960 foi oficialmente inaugurada, passando a ser o Distrito Federal do Brasil, coube ao antigo DF a transformaço para o Estado da Guanabara, e a Polícia Militar do Distrito Federal recebe uma nova denominaço: Polícia Militar do Estado da Guanabara.
Após o Movimento Militar de 1964 a Polícia Militar do Estado da Guanabara e a Polícia do Estado do Rio de Janeiro foram unidos em 1975 com a fuso entre os respectivos Estados, da unio das duas polícias nasce a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
CURIOSIDADES
As denominaçes da Polícia Militar do Estado da Guanabara:
1809 – Diviso Militar da Guarda Real de Polícia;
1831 - Corpo de Guarda Municipais Permanente;
1842 - Corpo Municipal Permanente da Corte;
1858 – Corpo Policial da Corte;
1866 – Corpo Militar de Polícia da Corte;
1889 – Corpo Militar de Polícia do Município Neutro;
1890 – Regimento Policial da Capital Federal;
1905 – Força Policial do Distrito Federal;
1911 – Brigada Policial do Distrito Federal;
1920 – Polícia Militar de Distrito Federal;
1960 – Polícia Militar do Estado da Guanabara; e
1975 – POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
As denominaçes da Polícia Militar do Rio de Janeiro:
1835 – Guarda Policial da Província do Rio de Janeiro;
1844 - Corpo Policial da Província do Rio de Janeiro;
1865 - Corpo Policial Provisório da Província do Rio de Janeiro;
1889 – Força Militar do Estado do Rio de Janeiro;
1920 – Polícia Militar do Rio de Janeiro; e
1975 – POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
POLÍCIA CIVIL
Em 1988, após mais de vinte anos em que o regime político no permitia eleiçes para Presidente da República, o Brasil em busca da redemocratizaço promulga uma nova Constituiço Federal.
Esta Carta Suprema em seu capítulo III com o subtítulo DA SEGURANÇA PÚBLICA, em seu artigo 144 define funçes constitucionais das Policias Estaduais – Civil e Militar – vejamos:
Parágrafo quarto – s polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competncia da Unio, as funçes de polícia judiciária e apuraço de infraçes penais, exceto as militares.
Parágrafo quinto - s polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservaço da ordem pública;
SÍNTESE HISTÓRICA DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Até a chegada de D. Joo VI ao Brasil, os vice-reis enfeixavam nas mos, no só as funçes administrativas, mas também as policiais, juntamente com os ouvidores gerais.
Com a chegada do monarca, o sistema policial experimentou com a criaço da Intendncia Geral de Polícia da Corte do Estado do Brasil uma fase de efetivo progresso.
Pelo Alvará de 10 de maio de 1808, Dom Joo VI criou com as mesmas atribuiçes que tinha em Portugal – o cargo de Intendente Geral de Polícia da Corte, nomeando para exerc-lo o Desembargador e Ouvidor da Corte, Paulo Fernandes Viana, iniciando, assim, uma nova fase para a vida da cidade, e grandes modificaçes no organismo policial.
Dom Joo VI tinha por escopo organizar uma Polícia eficiente, visando a precaver-se contra espies e agitadores franceses, no representando essa organizaço, na realidade, um mecanismo repressor de crimes comuns. Sua idéia era dispor de um Corpo Policial principalmente político, que amparasse a Corte desses informes sobre o comportamento do povo e o preservasse do contágio das “temíveis” idéias liberais que a revoluço francesa irradiava pelo mundo.
Essa polícia além de dar cobertura política a D. Joo VI foi estrutura básica da atividade policial no Brasil.
Paulo Fernandes Viana exerceu durante doze anos o cargo de Intendente Geral de Polícia. Tinha o Intendente Geral de Polícia da Corte do Brasil, jurisdiço ampla e ilimitada. Era um verdadeiro Ministro da Segurança Pública.
Depois do afastamento de Paulo Fernandes Viana, a polícia passou por nova época de grande progresso com a nomeaço do Conselheiro Francisco Alberto Teixeira de Arago (1824 a 1827). Teixeira de Arago, 6º Intendente Geral de Polícia foi quem organizou o primeiro Corpo de Comissários de Polícia.
O Corpo de Comissários de Polícia criado pelo Aviso de 25 de maio de 1810 só se tornou realidade em 1825, por força da portaria de novembro de 1825, do Intendente Geral de Polícia Teixeira de Arago. Para esse Quadro só podiam ser nomeadas pessoas de reconhecida honra e patriotismo.
A reforma de 1841 extinguiu a Intendncia Geral de Polícia, e criou o cargo de Chefe de Polícia, sendo nomeado, para ocupá-lo Euzébio de Queiroz Coutinho Matoso Câmara (1841-1844). Pela Lei de 03 de dezembro de 1841, o aparelho policial sofreu radical transformaço com a criaço no Município da Corte e em cada província de um Chefe de Polícia, auxiliado por Delegados e Subdelegados de Polícia, extinguindo-se as atividades dos Juízes de Paz, no que dizia respeito s atribuiçes policiais, administrativas e judiciais. As autoridades policiais deveriam usar, em serviço, uma faixa com listras verde e amarela e suas residncias tinham porta, as armas do Império com a indicaço do cargo. Em 31 de Janeiro de 1842, o regulamento 120 definiu as funçes da polícia administrativa e judiciária, colocando-as sob chefia suprema do Ministro da Justiça.
Com a queda do Império tivemos entre 1902 a 1916, surgiu o advento da Lei no. 947, de 29 de dezembro de 1902, que reformou a organizaço policial. O Chefe de Polícia tinha de ser formado em Direito, obrigatoriedade extinta no governo de Artur Bernardes.
Foi o Decreto n. 22.332, de 1933, que autorizou o chefe de polícia a criar a Escola de Polícia, sem ônus para o Tesouro Federal.
Filinto Muller instituiu, em 1931 a Diretoria Geral de Investigaçes – DGI, englobando os Institutos Felix
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
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Um comentário:
Prezado Companheiro, parabens pela iniciativa de criação deste Blog e as informações postadas.
Sugiro que a fim de respaldar essas informações vc coloque que trata-se na integra da apostila de Historia das Policiais do Curso de Formação de Soldados da PMERJ.
Um abraço,
STEN ALVES
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