quinta-feira, 2 de agosto de 2007

CONTROLE DO ESTRESSE

A palavra estresse vem do inglês “stress”. Este termo foi usado inicialmente na física para traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um esforço ou tensão. O médico endocrinologista Hans Selye foi um pioneiro na pesquisa sobre o estresse. Ele transpôs este termo para a medicina e biologia, significando esforço de adaptação do organismo para enfrentar situações que considere ameaçadoras a sua vida e a seu equilíbrio interno.
Estresse é uma reação do organismo que ocorre quando o mesmo precisa lidar com situações que exijam um grande esforço emocional para serem superadas. Quanto mais a situação durar ou quanto mais grave ela for, mais estressada a pessoa pode ficar. O estresse pode afetar o organismo de diversas formas e os sintomas variam de indivíduo para indivíduo. Existe uma predisposição do organismo que reage frente a um problema, essa individualidade explica como cada um lida com situações desafiadoras, decidindo enfrentá-las ou não. Há meios de se aprender a lidar com o estresse, de modo que, mesmo nos piores momentos, o organismo não entre em colapso.
É comum relacionar a palavra estresse a situações ruins da vida, contudo o estresse também pode estar ligado a situações prazerosas e com retorno agradável. Um grande amor, a aprovação em um concurso tão esperado, por exemplo, podem trazer alterações no equilíbrio de um indivíduo.
Em princípio, estresse não é uma doença, ele prepara o organismo para lidar com as situações que se apresentam, mas pode se tornar uma patologia se o indivíduo não se cuidar adequadamente ou não conseguir lidar com essas situações. A vulnerabilidade individual e a capacidade de adaptação de cada um são fatores preponderantes no processo de estresse.
O estresse possui três fases de desenvolvimento:
a) 1ª Fase: ALARME Nesta fase o indivíduo entra em uma fase de alerta para se proteger do perigo percebido e dá prioridade aos órgãos de defesa, ataque ou fuga.
b) 2ª Fase: RESISTÊNCIA, INTERMEDIÁRIA ou ESTRESSE CONTÍNUO O organismo continua se desgastando para a manutenção do estado da alerta, ele tenta, com seus recursos internos ajustar-se à situação.
c) 3ª Fase: EXAUSTÃO ou ESGOTAMENTO Nesta fase aparecem as doenças crônicas como uma reação ao total esforço que o organismo teve que se submeter para tentar combater o agente estressor.
Estresse negativo e positivo
Não só as situações ruins podem estressar uma pessoa, situações boas, grandes mudanças que trazem alegria e deixam o ser humano feliz podem gerar estresse. Dessa forma temos um estresse que é negativo e um estresse que é positivo.

Estresse negativo
É o estresse em excesso. Ocorre quando o indivíduo excede seus limites e esgota sua capacidade de adaptação. O organismo encontra-se carente de seus nutrientes e a energia mental torna-se menor. A produção e a capacidade laboral ficam prejudicadas. O indivíduo fica sem qualidade de vida, conseqüentemente pode vir a adoecer.

Estresse positivo
É o estresse inicial, na fase de alerta. O organismo produz adrenalina que dá força e coragem, vigor e energia fazendo o indivíduo produzir mais e ser mais criativo. O indivíduo canaliza suas energias para a produção, não dando importância ao descanso que é fundamental. Não é possível ficar em alerta por muito tempo, pois o estresse torna-se um excesso quando prolongado.

Estresse ideal
É possível atingir o um estágio de estresse ideal, quando o indivíduo aprende a identificar e a lidar com o estresse e gerencia a fase de alerta de modo eficiente, usando sua energia para produzir, mas se preocupando com o descanso. O organismo precisa entrar em equilíbrio após uma permanência em alerta para que se recupere. Após a recuperação, não há prejuízo em entrar de novo em alerta. Se não há um período de recuperação, então doenças podem surgir. Não é fácil chegar ao equilíbrio, mas é possível se o indivíduo procurar se conhecer melhor para identificar o estresse e uma vez identificado, não negligenciá-lo, procurar cuidados pessoais e ajuda profissional.
Alguns sintomas gerais que identificam um quadro de estresse:

Sintomas físicos
Enxaquecas constantes
Insônia ou sonolência
Fastio

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